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TALIGA: HISTÓRIA DE TÁLIGA (II)...

Si Alguien sabe algo de la familia de mi padre Manuel Isaac Gañán estaria agradecida con su información no de nada de la infancia de mi padre ni de sus hermanos

Hermanos en taliga no quedan, pero si que quedan primos una de mis tias pertenece a tu familia y tienes bastantes más de la familia Gañan. Si deseas mas información dejame por favor tu correo electronico.

Yo soy hija de Manuel Isaac, vivo en Barcelona y estoy intentando escribir la historia de la familia, te agradeceria me mandes informacion

HISTÓRIA DE TÁLIGA (II)
Texto de História de Táliga em castelhano
TEXTO DE HISTóRIA DE TáLIGA EM CASTELHANO (Trabalho inédito)
Em 1510, houve confrontos fronteiriços com a espanhola Alconchel resolvidos em 1511, pelos governos centrais. Os problemas contudo, verificam-se, quase todos, na região de São Bento da Contenda.
Muitos portugueses do interior alentejano participaram na aventura dos descobrimentos iniciada no século XV. Isto significa que bastantes taliguenhos terão percorrido os mares, e chegado ao Brasil, a África, à Ásia… e sabe-se lá mais aonde…
Os mesmos descobrimentos ter-se-ão feito sentir em Táliga. Assim ao lado da partida de locais, produtos vários terão alcançado a localidade, bem como, inevitavelmente, alguns escravos africanos, e pessoas de outras origens.
Em 1527, o Numeramento (censo) da população portuguesa, o primeiro de que há notícia, cita Táliga, dando a como povoação “aglomerada”, isto é, com a população concentrada num centro bem definido, talvez herança de um núcleo templário. São citados 53 fogos, (cerca de 220 habitantes). Algo que muito nos diz da importância da povoação, pois raras são as localidades sem autonomia municipal que vêem citados os fogos nesse documento. Na verdade, apenas três ou quatro no Alentejo.
É curioso que algumas sedes de concelho tinham uma população inferior (Noudar, Vila Boim, Vila Fernando, Capelins, Canal, Montoito, Aguiar, Ervedal, e outras). Olivença teria então 4800 habitantes, Elvas 8800, Évora 12100.
Uma leitura apressada no Numeramento de 1527-1532 parecia indicar 133 fogos para Táliga, graças ao texto pouco claro e arcaico. Todavia, uma leitura atenta não deixa margem para dúvidas. São só, mesmo, 53 fogos.
Táliga era conhecida por ser montanhosa e ter muitos matos; também se fala em moinhos de água e na produção de farinha, o que pode ser mais ou menos provado pela abundância do apelido “Farinha” nos habitantes. Logicamente, o contrabando foi uma actividade florescente até 1801.
Pouco se sabe do Século XVI (a partir de 1527) até no XVII (até 1640). Táliga terá vivido as hora de glória da expansão portuguesa, bem como a decadência vivida a partir da metade do século XVI. Provavelmente, terá perdido alguma população, alguma da qual terá ajudado a povoar o Brasil. É possível que tenha existido uma Táliga no Brasil, no estado do Piaui, mas hoje não se encontram vestígios. Das duas, uma: ou era uma povoação já desaparecida, ou terá mudado de nome no século XIX. Eis algo a investigar.
Táliga volta a ser (tristemente) notícia em 1641. Tendo-se Portugal proclamado de novo independente em 1640, o exército espanhol tratou de recuperá-lo. Em 1641, Olor (São Jorge) e Talega foram queimadas. Como escreveu o conde da Ericeira, “ tiveram os moradores aviso a tempo, que puderam retirar-se a Olivença; perderam a pouca roupa com que pobremente se reparavam, vitória de que os castelhanos nas gazetas fizeram ridícula ostentação. Retiraram-se deixando queimadas as aldeias, e nas igrejas delas sacrilégios testemunhos da sua irreverência. Os moradores das aldeias se dispuseram a satisfazer o agravo e a recuperação a perda. Um e outro efeito conseguiram em muitas entradas que fizeram em várias partes de Castela.” (História de Portugal Restaurado, 1710, pelo Conde da Ericeira.)
Por outras palavras, a guerra (1640-1668) levou á destruição a portugueses e espanhóis, perdendo ambos. Eis a principal lição a tirar de tais eventos.
A guerra, na região, atingiu o auge em 1657/58, quando Olivença, onde de novo se tinham refugiado os habitantes das aldeias em redor, e, portanto, taliguenhos, foi ocupada pelo exército espanhol. Sabe-se que a população oliventina, salvo 30 pessoas, se refugiou em Elvas, Alandroal, Estremoz, e outras localidades. Presume-se que entre eles houvessem muitos taliguenhos.
Até 1668, muitas gentes de Cheles e Alconchel, vieram tomar o lugar dos oliventinos, só regressando á origem na citada data, estabelecida a paz. Os oliventinos tiveram que construir muito do que fora destruído (o que também sucedeu, naturalmente, em localidades espanholas), e em Táliga as coisas não foram diferentes.
No meio de tanta destruição/reconstrução, não é de estranhar que muita coisa se perdesse. Talvez fosse então, ou já, no século XIV, que algum eventual vestígio, se existiu, de uma fortaleza templária, se perdeu.
A tradição popular diz também que Táliga foi reconstruída várias vezes em lugares diferentes. Um exagero… ou a memória de algo real?
De novo em 1709, e por volta de 1750, Táliga foi perturbada por guerras entre Portugal e Espanha.
Do século XVIII, há várias informações. Assim no livro “Corografia Portuguesa”, de 1708, de António Carvalho da Costa, tomo II, fala-se de “Nossa senhora da Assumpção de Aldeia de Talega”. Diz-se que a sua terra é menos abundante que a de São Domingos de Gusmão, por ser “montanhosa, e de maiores matos”; que tem cem vizinhos (460 habitantes?) com o seu juiz de Vintena”, que é atributo também de São Jorge de Alor, apenas um pouco menor. Cita-se haver em Tálega grandes herdades, com destaque para a de Alparragena, “que está dividida em tantos quinhões, que os mesmos lavradores lhe ignoram os donos; a [herdade] de Val-Moreno, cujos matos passam de dois mil cruzados de renda a seu dono; a [herdade] de Mentilhão, e monte da Vinha, e outras muitas.”
Táliga era, ainda, a aldeia mais populosa de Olivença…