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BARXA: Prezado Zé: Eu sei que naô fuste a escola, mais cuando...

Meu caro Isaac,

Como eu não acredito na vida depois da morte não penso, para meu pesar, que agora te atopes em outro lugar ou que vagues polo Universo; penso que infelizmente nunca voltarei a ver-te e portanto isto que escrevo agora não é uma missiva senão uma reflexão. Penso que falar de ti, do que significaste neste mundo, especialmente na Galiza, dos teus méritos, da tua bonomia… não deixa de ser um tópico por conhecido e reconhecido. Eu Isaac, que choro a tua morte, sinto igualmente mágoa porque talvez não chegaste a conhecer que muito modestamente um importante corpo social de galegos dignos e comprometidos com o sentimento de galeguidade chegamos a completar o capital social inicial para pôr em marcha um jornal galego, independente e comprometido exclusivamente com a Galiza. Lembras Isaac? Como há muitos anos tentamos baixo a tua liderança entrar no mundo da comunicação que artelhe no possível este desartelhado país nosso.

Houvera gostado dizer-te todo isto em vida. Mas, ainda que não acredito em outra vida, sim acredito em que podemos viver por muito tempo nos que nos sobrevivem se nos conheceram e amaram em vida, não digamos já se, como tu, deixas atrás o exemplo da tua vida e a tua obra. Por isso fago esta reflexão enquanto contemplo a aparente pleitesia que prestam ao teu cadáver os que tratam igualmente de converter em cadáver esta fala nossa que nos une e nos coesiona, os que pretendem que desapareçamos como povo, os que impedem aos nossos nenos educarem-se e escolarizarem-se em galego, os que fundem a nossa economia, os que nos submetem a interesses alheios.

Penso que a melhor homenagem que te podemos fazer desde SERMOS GALIZA é sacar adiante este projecto e dar ao nosso povo a informação veraz e independente que necessita. Em tempo de crise, de calamidades, de voracidade arrecadadora, centos de Galegos contribuíram economicamente para que o projecto de um jornal galego veja a luz, enquanto o mal chamado governo da Xunta co-financia, com os impostos dos Galegos, jornais anti-galegos e insolidários. Ainda há vida neste povo, ainda há sentimento de país; não acabam de chegar os tempos dos bardos das idades, e entretanto és tu o que marchas; mas sempre há gente para recolher o teu facho. A tribo segue viva.

Desde SERMOS GALIZA, Isaac, todo o nosso carinho.

Bon home por certo, canto trballou ô meu lado, si ten posiblidades de comunicar pra él le da lembranzas miñas.
Unha aperta.

Prezado Zé: Eu sei que naô fuste a escola, mais cuando queiras escreber sobre alguen lee primeiro ou pregunta o teu xefe. O Isaac Diaz Pardo, que eu roferin na miña mensagem, foi escritor, pintor, ceramista, y taumbeim um grande galeguista, foi amigo entre outros mutos de Castelao o autor do libro que eu te regalei que leva por título Sempre En Galiza, o cual esta a descansar no Jazico (panteón) de galegos ilustres. O Isaac e merecedor duma distinçao por parte da Xunta Da Galiza, coisa que eu não duvído que asin o faran.
Uma Grande Aperta Caro Amigo Zé.
Respuestas ya existentes para el anterior mensaje:
Aprezado Barxés, Isaac trballou con migo na Franza, munto bon home, pegaballe a tudo, como bein dice voçe na sua mensaxe, más eu debo istar equivocado ô mellor íste nahún era, coiciden muntas coisas,ô tal si tiña que por tixolo poño como primeiro, pintar un gran artista, cerumista tiña munta moraba na mesma casa que eu y sempre istaba tirar da orella ò cerume, bein eu ô que nahún sabía ê que era escritor, se vey que iso foi despois, pasoulle coma eu, galeguista era pois conmigo sempre falaba galego, ... (ver texto completo)